13 de jan. de 2016

SONETO QUEBRADO

Os teus lábios a marcar em purpúreo
Este caminho que jaz fetichístico
E das raponas de feito hercúleo
O prazer admoestam em tom sadístico

Acena e com a boca ordena impávido
Com os comandos sibila o alcoólatra
Vê-se esta que reza com olhar ávido
Sussurrando os gemidos de uma idólatra

Tem-se latente a dor da valquíria
Sob gotejos do brandão de luz fúlgida
Que vibrante se ondula em pele túrgida

Ao balançar as rédeas da lascívia
E do trotar deste poeta a mão trêmula
Prova-se do méleo horror que enfim êmula



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