6 de abr. de 2015

-LENÇÓIS-

Em mim - o vinho
Teu corpo - a taça
Da rosa - o espinho
Sob a mordaça

Clama o açoite
Tua carne fere
Gemes à noite
Riscando a pele

De tua alma
Uma outra vez
Firme cavalga
Com embriaguez

Nossas quimeras
Uivando em fome
Suplicam as feras
O prazer sem nome


E nos sonhos rasos
Não adormeço
Pois destes laços
Já não esqueço



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